Pablo Picasso e Andy Warhol são os dois artistas plásticos mais caros do mundo. Só no ano passado, os dois totalizaram mais de 163,3 milhões de euros em vendas das suas obras em subastas. Mas o pódio dos pintores mais rentáveis no mercado da arte é agora partilhado com Qi Baishi, pintor chinês (1864-1957), um fenómeno no seu país que se alargou ao resto mundo. Em 2009, as imagens de animais e flores de Baishi valeram perto de 52 milhões de euros.
Os três primeiros lugares foram avançados pela organização Art Price, citada pelo jornal britânico “The Times”. A Art Price cria as suas listas com base em informações recolhidas junto de seis mil empresas de todo o mundo.
Até ao ano passado, o artista chinês mais bem cotado no Ocidente era Zhang Xiaogang. Desde 2009, o nome de Qi Baishi, desconhecido mesmo entre alguns apreciadores de arte, ocupa o topo da lista dos artistas oriundos da China mais caros, um título conseguido com as vendas dos seus quadros em leilões, que atingem valores impressionantes. Em 2007, o quadro “Pêssegos e Fogo-de-Artifício”, de 1952, foi vendido num leilão da Sotheby's, em Nova Iorque, por 960 mil euros, um valor que algumas leiloeiras na China garantem ter sido ultrapassado em muito no país.
Qi Baishi nasceu no meio de uma família de agricultores na província de Hunan e desde pequeno manifestou talento para a pintura. Com 14 anos tornou-se aprendiz de gravador de madeira e mais tarde dedicou-se às artes da poesia e da caligrafia. Os seus desenhos de paisagens, animais e flores e a sua caligrafia irrepreensível tornaram-no num dos nomes mais importantes da arte na China, onde é um autêntico fenómeno. É rara a colecção de arte no país que não tenha uma obra sua. No ano passado, venderam-se mais 73 por cento de obras assinadas por Baishi que em 2008, tudo devido à venda de uma série de desenhos intitulada “Flores e Insectos” por cerca de nove milhões de euros.
A sua importância, agora firmada pelos preços que as suas obras atingem, já tinha sido reconhecida por Picasso, que considerou Baishi o “mais importante pintor oriental”. Disse mesmo um dia que temia viajar até à China com receio de encontrá-lo.
Fonte:Público P20
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